Quem somos?

Minha foto
Boituva, SP
Nosso mundo é constituído de sonhos. de muito cαrinho e αmizαde, e de, sobretudo, de αmor. Um αmor imenso com todos os seres que vivem nele

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Contos infantis

A BORBOLETA APRESSADA






Marlene B. Cerviglieri




Morava numa floresta grande, uma borboleta azul muito linda.
Seu corpinho era todo azul e em suas asinhas havia uns pontinhos pretos.
Era especial e sabia muito bem disso.
Toda vez que passava voando, outras borboletas paravam para vê-la. Sentia-se muito importante sendo portadora de tanta beleza.
Porem como ninguém é perfeito, a borboleta azul era muito muito apressada.
Estava sempre voando de um lado para outro, mesmo que fosse sem ter o que fazer.
Seus amigos diziam para ela ter mais cuidado, porem era mesmo uma apressada.
Certo dia resolveu voar para mais longe.
Ah, dizia:
-Estou cansada de ficar só nesta floresta.
Pensou assim e partiu em direção a cidade.
Chegando lá, viu uma enorme casa toda iluminada.
Não conhecia nada, pois nunca havia visto uma casa.
Imediatamente foi atraída pelas luzes das vidraças.
Lá foi ela em direção à janela que não estava aberta, era uma grande vidraça.
Pum... Bateu com o corpinho inteiro na janela!
Suas asinhas ficaram grudadas e ela não conseguia sair!
Meu Deus que fazer, pensava a borboleta azul.
Foi quando resolveu respirar devagar e prestar atenção para ver o que faria.
Não fique assustada pensava.
Olhando para dentro da casa viu um grupo de crianças sentadas no chão, num imenso tapete redondo.
Ora, que estariam fazendo?
Brincando naturalmente.
Foi quando um dos meninos levantou-se e saiu correndo na sala.
Não corra disse uma senhora que estava sentada lá também.
Não deu tempo o menino espatifou-se no chão igualzinha a borboleta na vidraça...
A pressa, o que é a pressa?
Dizia a senhora atendendo o menino.
Você tem que aprender a fazer as coisas mais devagar, não há necessidade de sair correndo, de chegar primeiro de falar antes...
Tudo isto é pressa demais!.
Às vezes sei que precisamos nos apressar, mas não é sempre.
Limpou o raspão do joelho do menino que voltou a sentar com os colegas bem mais calmos agora.
E eu pensava a borboleta que faço?
Quem me ajuda?
Foi quando pensou em ficar quietinha e ai então as asinhas começaram a se soltar do vidro.
Assim mesmo esperou mais um pouco até que percebeu que podia se mexer por inteira.
Saiu voando rapidinho para a floresta e acho que a lição valeu, tanto para ela como para o menino.
É dizia minha vovó, quem tem pressa, perde a testa!
Gostaram da historinha?
Não precisa responder, não tem pressa!

Abraço.

mbc

------------------------------------------------


AS ESTRELAS DO CÉU
Marlene B. Cerviglieri



Assim tão de repente, ela viu a porta do quarto ser fechada. Sentou-se na cama e vagarosamente começou a vestir a linda camisolinha, toda cheia de babados.

Seus cabelos loiros reluziam a luz do luar que entrava através da janela entreaberta. Pôs os chinelinhos foi até a cadeirinha a na frente da cômoda, e pegou seu lindo urso. Abraçada a ele, sentou-se na cadeirinha e então começou a conversar;

- Oi Eric, ainda não estou com sono, e você?

-Também não. - respondeu o urso feliz de estar colo da Nana. Assim a chamavam carinhosamente todos da família.

- Fico pensando que as estrelas são lâmpadas do céu.

- E a Lua o que é? Perguntou Eric.

- Bem a Lua eu acho que deve ser a lâmpada maior na rua onde Jesus mora.

- Mas por que na rua onde Jesus mora a lâmpada é maior? perguntou Eric.

- Ora, se todos nós vamos morar com ele uma dia, a casa dele é muito grande e precisa de lâmpada grande!

- É, pode ser mesmo. - concordou Eric.

Ainda olhando para o céu, Nana diz:

- As nuvens são os carrinhos que levam a gente. São tão diferentes...

- Veja Eric, como as lâmpadas estão piscando e parece que uma caiu.

- Veja, a Lua está pela metade.

- Chii, não estou acreditando na tua estória não...

Disse Eric arregalando os olhos para o céu.

- Pode ser que tenha estragado a luz, ora, até aqui em casa isso acontece!

- Sabe de uma coisa Eric, vamos ficar na janela, quem sabe poderemos dar um passeio até lá e ver de pertinho todo o céu!

Olhando firme para o céu, Nana disse:

- Veja Eric, são tantas as luzinhas, gostaria de ter uma só para nós.

Nisto, descendo rapidamente do céu, a estrelinha chegou até Nana e Eric, no parapeito da janela.

- Veja, Veja! Disse Eric entusiasmado. Nana imediatamente estendeu a mãozinha e pegou a luzinha que piscava muito.

Foi para a cama e sentou-se no meio dela. Antes colocou o Urso sentado no travesseiro pois assim ele ficaria mais alto.

- Veja Eric como brilha!

De repente parou de piscar.

Um clarão encheu a cama de Nana e, de uma portinha da estrela, saltou uma menina bem pequenina.

- Puxa é menor do que eu. - pensou Eric.

- Minha Nossa! Exclamou Nana assustada.

- Não se assustem - disse o ser pequenino.

- Meu nome é Érica, você me chamou - disse olhando para Nana - Eu vim!

- Mas você não é lampadinha? perguntou Nana.

- Não sou lampadinha. - disse Érica.

- Você mora no céu? perguntou Eric

- Isso mesmo, lá em cima.

- Ah então conte pra gente como é lá em cima.

- Bem, agora a noite todos estão dormindo como vocês deveriam estar.

- E as estrelinhas são lampadinhas das ruas como pensei? Perguntou Nana aflita por querer saber tudo.

- São. - disse Érica. Nossas ruas são todas iluminadas e muito limpinhas.

- Eu não disse, Eu não disse. - repetia Nana toda contente.

- Me diga uma coisa. - Disse Nana muito séria.

- Por que às vezes faz um barulho grande e chove bastante?

- Porque lá em cima e tudo muito limpo, e todos lavam as ruas. Jogam água nas flores, na grama e, às vezes, cai um pouco aqui também.

- Mas e o barulho? - perguntou Nana,

- É, e o barulho? repetiu Eric.

- São trombadas. Vocês nunca ouviram o barulho de uma trombada?

- Sim. - disseram os dois.

- Pois então, bate uma nuvem na outra e, às vezes, a trombada é tão forte que sai faísca.

- Érica, e a casa de Jesus, você conhece?

- Não, não conheço.

- Ora não é a maior de lá? Perguntou Eric espantado.

-Ouçam bem vocês dois. - respondeu Érica.

- Jesus não mora no céu.

- Não!? Disseram os dois ao mesmo tempo.

- Não. - repetiu Érica.

- ELE mora dentro de nós e está com a gente o tempo todo em nossos corações.

- Você quer dizer que Jesus mora dentro de nós, Érica? Onde? - perguntou olhando para si mesma surpresa.

- Já disse, no seu coração. - repetiu Érica.

- No meu coração. - disse Nana levando a mão ao peito.

- É isso mesmo, vejo que entenderam.

- Agora vou voltar que já é tarde.Vamos dormir, outro dia voltarei e contarei mais.

A porta do quarto foi aberta bem devagar. Era a mamãe que vinha para dar boa noite a Nana.

- Vejam só dormindo com a janela aberta!

- Veja só, o Eric sentado na janela!

Colocou o urso na cadeira, beijou a menina que dormia e saiu de mansinho.

Eric se ajeitou na cadeira e pensou;

- Quem sabe amanhã Érica volta e nos conta mais coisas do céu.

Colocou a mãozinha no coração, fechou os olhos e pensou:

- Vou cuidar para que eu mereça que ELE sempre more em mim...





Marlene B. Cerviglieri

---------------------------------------------------


A casinha mágica


Marlene B. Cerviglieri




Ali estava a casinha mágica!
Colocada bem no fundo do quintal.
Sua porta sempre estava aberta, havia duas janelinhas em formato de coração. Nelas uma pequena cortina toda cheia de flores.
De cada lado embaixo da janelinha um banco de madeira bem espaçoso.
Bem arrumadinho ali estava uma cama de boneca dois sofazinhos vermelhos uma mesinha com uma pequena lampadinha em cima.
Simbolizava e muito bem um quarto.
Do outro lado no banco havia um fogão com panelinhas em cima, uma geladeira uma mesinha com quatro cadeirinhas.

Um pouco mais para o fundo a salinha de visitas com duas poltronas e uma mesa no meio. Em cima dela um pequeno vaso de enfeite.
A cama era pequena para a boneca ali encostada. Tudo arrumado com muito capricho.

No chão bem no canto estava uma bola bem grande toda colorida.
Esta era a cainha mágica de Luisa onde toda a tarde ia brincar.
Muitas vezes tinha uma amiga junto e ali passavam horas.
Ficava tão distraída que nem via a noite chegando.
Só mesmo quando sua mãe chamava para o jantar e ainda teria que tomar seu banho.
Luisa era uma menina bem obediente e só ia brincar depois de ter feito suas tarefas escolares.
Uma tarde em que estava lá dentro da casinha brincando ouvia estalar um barulho estranho que não sabia exatamente o que seria!
Prestou atenção ficou quietinha, mas não conseguiu descobrir.
A noite durante o jantar contou para seu avô que ouvira barulho na casinha.
Foi então que este lhe disse:
São barulhos mágicos minha querida.
Como vovô, mágicos?
É sim você nunca vai saber de onde eles vêem.
Ficou quieta e confusa... Mágicos?
O tempo passou e ela sempre ouvia os barulhinhos que não sabia identificar.
Foi então que uma destas tardes ao chegar à casinha Luisa percebeu que a caminha estava toda desarrumada as panelinhas tombadas!
Ué o que aconteceu por aqui? Pensou.

Começou a olhar para todos os cantinhos e para o teto.
Foi quando ouviu o miau bem baixinho e fraquinho.
De onde vem isto? O que será?
Não se assustou, mas continuou sua busca.
Finalmente encontrou!
Embaixo do banco bem no cantinho havia uma ninhada de gatinhos!
Eram tão pequeninos com os olhinhos ainda fechados.
No total viu que eram quatro!
Um branquinho outro malhado e dois pretinhos.
Miavam tão baixinho, pois estavam bem novinhos.
Que fazer agora, Pensou.
Voltou então para sua casa e contou para sua mãe.
Logo foi perguntando, Posso ficar com eles?
Sua mãe foi até lá e olhou a ninhada que era bem lindinha mesmo.
Bem minha filha, se você aceita a responsabilidade e dividir a casinha com eles?
Ora mamãe quero sim são tão bonitinhos.
É mas a mamãe deles vai voltar para cuidar deles.
Precisamos ter cuidado, pois ela pode ficar brava.
Dizendo isto e eis que uma gatinha branca entra na casinha.
Foi logo para o cantinho com seus filhotinhos e começou a lambê-los. É assim que dão banho neles.
Luisa providenciou uma tigela com leite para a gatinha que iria dividir a casinha com ela.
No jantar o assunto era a ninhada.
Viu vovô não era mágica nenhuma
Quem disse que não, respondeu o avô.
Claro que é mágico!
Todo nascimento é uma mágica da natureza.
E uma grande responsabilidade.
São lindos os filhotinhos, mas há de se cuidá-los para que possam viver bem.
Logo estarão participando de suas brincadeiras também.
Aquela noite Luisa dormiu muito feliz pensando nos nomes que daria aos seus amiguinhos e a mamãe deles também.

Eles cresceram ficaram lindos e fortes para alegria de todos.
Casinha mágica sim, pois dentro dela a natureza colocou muito mais vida, não é mesmo vovô.
E esta mágica se repetira para sempre em toda nossa vida, mesmo que não seja dentro de uma casinha.
O milagre da vida.
Um abraço amiguinhos.

mbc

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
© Template Scrap Gerbera|desenho Templates e Acessórios| papeis Bel Vidotti